
Historia
Está datado de 1 de março de 1928 e foi publicado a I Série do então “Diário do Governo” do dia 8 seguinte, o Decreto nº 15 132, que determinou a criação da freguesia de Santiago de Montalegre.
Assinado pelo Presidente da República, António Óscar de Fragoso Carmona, o diploma deu resposta às pretensões da população local, que reivindicava a saída da freguesia de Sardoal, porquanto “ a distância era grande e servida de maus caminhos”.
Tem duas igrejas na freguesia, a de S. Tiago no alto da serra do mesmo nome, muito antiga e sem grande valor artístico. Serviu durante muitos anos de igreja paroquial e deixou de sê-lo em 16 de setembro de 1934, data em que se inaugurou a nova igreja paroquial, na sede da freguesia (lugar de Montalegre).
Ignora-se a data de construção da velha igreja de S. Tiago, que atualmente serve de capela do cemitério que lhe fica junto.
A vintena de Montalegre aparece referenciada no Censo Geral do Reino de 1527, como tendo 76 moradores. À vintena de Montalegre se refere também a Carta do Termo do Concelho, de 10 de agosto de 1532. O Dr. Giraldo Costa no seu Esboço Corográfico do Sardoal (1882) refere-se-lhe nestes termos: “Ainda hoje faz um bodo em igual festividade do Espírito Santo, menos aparatoso porém, na capela de S. Tiago pertencente a um grupo de povoações denominado os Mógãos e componente da freguesia”.
Sobre as potencialidades da freguesia, transcreve-se parte de um texto, publicado num suplemento do jornal “A Hora”, sobre o distrito de Santarém, em julho de 1940: “Constitue uma riqueza deveras notável para a freguesia a exploração das madeiras de pinho.
Quase todos os terrenos incultos, senão todos, se encontram cobertos de pinheiros, cuja madeira e resina representam a primeira exportação de Santiago de Montalegre.
Além disso, oferecem-nos uma riqueza incomparável os vales cheios de milho, dos quais emergem em abundância todas as árvores de fruto da região, entre as quais se destacam: pereiras, macieiras, laranjeiras, figueiras, pessegueiros, etc.
Cultivam-se todos os legumes as hortaliças abundam e constituem com a brôa a base da alimentação da gente simples e trabalhadora da Freguesia.
Cada família cria um ou mais suínos, cuja carne, juntamente com o pouco, mas fino azeite da região, serve de tempero aos magros alimentos, durante todo o ano”.